ROSA
Sou tão clara
Que uma gota de sangue
Rosa me faz.
E assim como a rosa,
encanto.
Apesar dos aparentes
espinhos.
Ao mundo deixo
não mais que amor.
Foi assim para ela
À ela devotei
as palavras mais doces
E um sussuro lívido
nos dias tristes
À ela dediquei
meu melhor poema
Rosas amarelas
e uma canção
E o que fazer agora
Se dessa mesma boca
ouço palavras tão rudes?
Tratou-me de forma
tão descuidada
Como um jardineiro
distraído
Que esmaga
entre os dedos
Seu melhor botão.
Apesar de tudo,
novamente passo
Rasgada por dores
como fino tecido
Mágoas?
Pudera!
Não me endurecem
Sigo com meu amar
assim tão instintivo.
Rumos nessa estrada
Suja de humanos
Mas meus trajes
Ainda estão limpos
...............................
Júlia Almeida
..........................
Blog: O Ponto do Poema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário