TERNURA
Deita-te, que a noite é calma
e há sonhos pairados no ar
que ninguém ainda nesta vida
foi capaz de sonhar.
É teu o frescor da brisa que passa suava
pelos teus cabelos molhados
louros como fios de ouro
e como o jasmim perfumados.
A lua gira inquieta num céu lindo e límpido
que segreda todo o mistério
desse sorriso de criança terna.
O orvalho rega a relva que as planícies vestem
Como um tapete de veludo verde.
A manhã, a manhã já vem vindo.
O sol desperta teu sono,
mas o dia , é apenas um curto intervalo,
uma pequena pausa
entre o sonho e o despertar.