MINHA ESTRADA
(Erleu Fernandes – CTBA- 27/11/13 -04:04h)
É plena madrugada.
O frio dói, é intenso.
A brisa é muito gelada.
E eu aqui sob essa marquise,
Triste e mal acomodado
A beira da minha estrada.
Minha estrada...
Nossa estrada!
A minha e a tua,
Que a gente construiu.
Mas somente eu fiquei
Já que você foi embora
Com outro você partiu.
Sofri o teu desprezo
Amargando por dentro
Um amor tão profundo.
Uma paixão que foi só minha
Que acabou me transformando
Neste pobre vagabundo!
Sim, princesa que tanto amei.
Por sua causa
Tornei-me um desprezado!
Trilhando as estradas do mundo
Vivendo triste e sem um rumo,
Aqui e acolá, sem destino algum
Não sei se eu estou indo
Não sei se estou voltando
Já que ninguém me espera
Em lugar nenhum.
Em lugar nenhum.
Nem sei mais por ande ando
Sou um andarilho calado
Congelei meu coração
Aprendi viver pedindo
Aqui um prato de comida
Ou ali um pedaço de pão.
Meus ideais se acabaram.
Nem sei se penso mais nada,
Vivo uma vida de amargura.
Espero que uma alma amiga
Um dia conduza o meu corpo
Para deixá-lo na sepultura.
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(Testemunho de um mendigo).
Fiquei imaginando, quais os motivos que levaram
este homem, ainda jovem, se tornar um mendigo, um
andarilho, um pedinte. Pois, nada acontece por acaso.
Erleu Fernandes – Poeta e Cristão.
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