Poema do Bambú Melodioso
A chuva cai pela manhã
Grossas e majestosas
A chuva cai pela manhã
Grossas e majestosas
gotas fluem
Como pensamentos
Como pensamentos
ansiosos
de jovens amantes
Rendilhados
Rendilhados
de pacientes
anciãos ascetas
A sabedoria flui na água
Como a doçura do amor
A sabedoria flui na água
Como a doçura do amor
flui nos gestos
dos apaixonados
O perfume inebriante
O perfume inebriante
da languidez melancólica
Acompanha as estações
Exibindo-se como
Acompanha as estações
Exibindo-se como
um preguiçoso pavão
pavoneante
Sob o som melodioso
Sob o som melodioso
da flauta de bambú
A chuva cai pela manhã
Produzindo desejo de um calor
Que não cessa de parar o tempo
Ritmado pelo nenúfar vagaroso
De um lago imaginário
Onde a tua imagem
A chuva cai pela manhã
Produzindo desejo de um calor
Que não cessa de parar o tempo
Ritmado pelo nenúfar vagaroso
De um lago imaginário
Onde a tua imagem
aparece difusa e tentadora
Há também campos floridos
E ventos divinos
Há também campos floridos
E ventos divinos
que os moldam
a perder de vista
......................
Carlos Paulo Pereira
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