DESCRER E CRER.
há um lado negado no meu canto
lado calado de sentimento
não fosse assim coração
certamente cantaria
do amor toda a alegria...
hoje talvez precise bradar
exorcizar a tristeza desse pranto
pra entender
iluminar os becos
há tanto escurecidos
na confusão do anoitecer...
coração entregou-se um dia
à sombra fria da crença
errou na presença do príncipe
que sapo foi apenas
no inverso conto de fadas
resultando um fardo
de descrença e desamor...
ao versejar no tema
riso contempla fisionomia
sente precisar nomear os fatos
mandar o sapo definitivamente pra lagoa
na ampla risada espantar sombra e dor...
abre-se o céu em azul de outono
no infinito vê-se o coração
na ação já posta mostra o passado
enfim revirado
ensolarado em forte e abençoado sol...
hei de cantar o amor possível
o amor crível
o amor sem ressentimento
na insanidade do viver
de amar é tempo sempre em possibilidade
amorosidade amanhece no amanhecer...
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