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Sabendo que a nossa vida é por um tempo, é passageira; quero aqui declarar que umas das melhores e grandes coisas que pude receber e manter sempre viva, sempre acesa é e sempre será a amizade dos meus amigos. Este blogs tem como objetivo levar a todos amigos e amigas que a ele visitarem, sempre, uma palavra, uma ideia e um motivo de encontrarem respostas para suas inspirações, meditações e crescimento na fé.

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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

CHEGASTE NUM DIA DE CHUVA

CHEGASTE NUM DIA DE CHUVA

Chegaste num dia de chuva. 
Quando vieste,
trazias a lua sobre 
a prata do antebraço
e a vida repleta 
de espelhos partidos,
não permanecias.
Chegaste enquanto 
eu dançava 
sobre as mesas,
antes 
que os primeiros 
grandes aguaceiros 
iniciassem
o outono e o fulgor 
interdito de um corpo,
que antes enlouquecia 
lentamente sobre as mesas
na contemplação 
dos ventres 
das deusas antigas.

Essas que chegaram 
antes de ti.
Com as bocas cheias de sal.
Com as espáduas 
pintadas a cal.
só elas sabem 
como a carne 
é inculcável,
quando ama.
Com elas 
aprendi a soletrar 
as profecias
das rosas 
e a prece de olvidos
dos rios correndo
para o ventre 
das mulheres com o cio,
onde, na ânsia 
de lírio das mães,
germina o caule da veia,
se o amor 
é a equidistante distância,
o equidistante delta
das bocas abertas 
para a concessão da rosa
rente ao sucinto 
equilíbrio da cintura:
Barco naufragado 
no olvido
dos ventres escalando
a côncava nudez 
da permanência.
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Luís Manuel Felício Lourenço
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Blog O Ponto do Poema.
publicado por poesiaemrede às 15

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