ARCO-ÍRIS
Fechei os olhos,
cerrei-os para o sonho de ti
E corri para
os teus braços envolventes,
Tão cheios de amor
e mil mundos sem fim,
Protegida sob os teus olhos
brandos e diligentes,
Brincando e sorrindo
como nunca sorri.
E corri
e de tão solta já voava
Ouvindo sons tão belos
que a tua alma me cantava
E tão tua
há tanto tempo te amava.
Meu anjo,
que com asas de profeta
do éter desceste
Abandonando o teu lar
tão lindo e celeste
Tendo como único intento
a realização deste amor.
Oh minha Ilusão
que de mim tiraste a dor
Diz-me que me levarás
para sempre contigo
E que me deixas
fazer de teu coração meu abrigo
Ou então
solta-te dessas asas mágicas
De pássaro,
de anjo,
de um lindo nada,
Que eu já me libertei
das minhas trágicas laranjas
e tão enormes asas
de pequena fada.
E já não as quero
laranjas nem de outra cor
Porque já não me embelezam
nem me fazem voar,
Agora as minhas asas
são o teu amor
Que me levam
onde nunca pude imaginar
E só em ti encontro
o doce sabor
De um arco-íris
de todas as cores
que já sei de cor.
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Verónica Simão
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Blog O Ponto do Poema.
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