ANJO NEGRO
Tentando em vão
Tentando em vão
ouvir a voz do sino
sepulto nas sepultas
sepulto nas sepultas
pedras brutas,
eu perguntei ao mar:
eu perguntei ao mar:
- com que permutas
o som que eu tento ouvir
o som que eu tento ouvir
com desatino?
Assim
Assim
foi quando eu quis,
do meu destino,
sondar os socavãos
sondar os socavãos
das próprias grutas
que guardam até hoje,
que guardam até hoje,
hostis e astutas,
meu barco sem timão:
meu barco sem timão:
meu próprio tino.
Mas,
Mas,
vendo entardecer
o meu desgosto,
a lua branca
a lua branca
e o sol, já quase posto,
descerram do mistério
descerram do mistério
o denso véu
e um anjo cor da noite,
e um anjo cor da noite,
abrindo a trilha,
levou-me ao céu
levou-me ao céu
recôndito da Ilha
e eu cavalguei
e eu cavalguei
o mar dentro do céu!
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Poesias sem nome do autor.
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