DOCE MARGARIDA
(1978)
Minha doce Margarida
Florzinha tão perfumada.
Ontem te vi na calçada
Passeando tão feliz!
Parecias um passarinho
Que sem amor e sem ninho
Vagava sem preocupar-se
Com sua vida que passa.
Admirei o teu jeito
De andar sem ter despeito
De quem estivesse te olhando.
Ou até admirando
Os teus quadris provocantes
Que boliam a cada instante
Ao compasso
De teus passos tão ligeiros!
És o exemplo da pureza
Que sem demonstrar tristeza
Sorri ao amigo que passa
Sempre com jeito e com graça
Sem nunca se preocupar
Se os maldosos vão julgar
O que queres é ser simples
Irradiando alegria e amor
Sempre ao teu redor.
Margarida!
Minha flor!
Bem te fez teu criador.
Só não tens o nome da flor
Que te dá este trovador.
Mas és bela e fascinante
Alegre a todo instante.
Terás sempre neste amigo
Teu grande admirador.
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Poesias do Erleu
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