DIREITO À SALVAÇÃO
31/ 03/ 83)
Cadê quem estava
a fabricar trens de guerra,
E vivia sobre a terra
semeando revolução?
Tudo que se montava
e entre engenhos
se preparava
Deixou de ser desejado,
quase não há solução.
A solução que se prevê,
pra começar o desarmamento.
É evangelizar os corações,
os enchendo de fraternidade.
Preencher as mentes,
das melhores intenções de viver,
Provando através de vivências,
o futuro na eternidade.
Não se pode querer
cobrir o sol
E evitar a um novo dia vir.
Nem tão pouco
entrar no peito de alguém
E lhe trocar o coração.
O que se pode
e de fato se deve,
É lhe mostrar
o caminho certo,
E não deixá-lo
como a um cego,
Morrer sem a salvação.
Não falo de salvação,
No que tange
evitar a morte corporal.
Mas de uma salvação da alma,
Do que compõe
o Eu personificado.
Já que esta,
Em debanda
com as exigências
temporais do corpo,
Se não regrada
por boa dose de firmeza,
Perderá tudo
por Deus preparado.
Eu, você, nós,
que optamos.
Em zelar
pelo futuro
do próximo,
Não podemos
ficar no anonimato,
Sem pensar
no nosso irmão.
Que por ser como nós,
filho de Deus,
Precisa conhecer o Pai.
E sem mais apego a nada,
Que está fora de Deus,
Ganhar o direito
da salvação.
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Poesia do Erleu Fernandes.
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