QUEM SOU EU? (09/07/1997)
Um pobre miserável
Que ficou esquecido
No meio da multidão
dos fortes.
Que cheios
de
vitórias e sortes
Sorriem com jeito
e
com graça
Sequer imaginam
que
um companheiro
Que militou junto
em busca da vitória,
Hoje, é alijado,
Como alguém,
Que quiseram apagar
do livro da história.
É como que houvesse
um grande poço
Onde todos
matam a
sede do dia a dia
E somente um
que
fez tudo que todos fazem
Na hora de matar
sua sede,
Não lhe é dado
o
direito de beber.
E este é obrigado
a
viver sedento
Sem que ninguém lhe
dê
sequer um gole.
E que aos poucos
vai se consumindo em secura.
Daí surge o final
da estrada
Que antes era larga
por árvores ladeada.
Hoje é só poeira,
calor, dor e incerteza.
Tudo que foi beleza
é
opaco, triste, sem cor.
Só pela falta de
amor,
sem que haja quem me acuda.
É como que se
caminhasse
entre tiranos e Judas
Que a ninguém
ajudam,
só querem a si valorizar.
Mesmo assim
não me
considero vencido
Vou caminhando
com
o coração destruído
Pelo bombardeio
dos
credores e dos patrões,
Que querem
que eu
lhes pague,
Sem que
o meu
patrão me promova.
Estou como que
acuado
por cães e por armas.
Correndo os cães me
pegam,
Voando as armas me
atiram.
Sigo, passos
inseguros,
Vítima dos que me
prometeram.
Esperando que uma
bala
ou uma investida
Pare com a minha
dor,
Com minhas
lágrimas,
Com minha vida...
Este sou eu!
..............................
Esta poesia foi escrito em um
momento de amargura e ingratidão
dos que se acham fortes e pisam
em quem imaginam que é mais fraco.
Graças a Deus eu vencí. Amem.
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