POBRE PLUMA
(19/ 04/ 92)
Pobre pluma que vai
Lentamente sobre o
ar.
Vejo a leveza que
tens
Tão desgarrada e
só.
Imagino o teu
passado.
Unida a tantas
penas,
Tão coloridas de um
pássaro.
Davas tons tão
deslumbrantes!
Agora,
Nada mais és que um
joguete,
Que o vento leva
onde quer.
Toda garbosidade
passada,
Ficou no tempo
deixada.
Como a ti pobre
pluma
O destino tirou-me
minha amada.
Hoje tão triste e
sozinho,
Sofro
como a você, sem carinho!
...............................
Poesias de Erleu Fernandes
Do seu livro "A Porta".
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