VALE DAS SOMBRAS (POEMA DE eRLEU)

VALE DAS SOMBRAS

(Erleu Fernandes)

De repente,
Tudo parou 
Naquele dia.
Como num apagar
Das luzes 
Ao meu redor.
Trevas espessas 
Me envolveram
Naquele lugar,
Turvando meu íntimo
Cheio de dores
No meu sofrimento.

Nada mais povoava
A minha mente
Quase demente.
Por instantes 
Se deixa 
De existir
No espaço 
Que ocupamos.
Somente o desejo,
De voltar 
À realidade
Tão bela,
Tão desejada,
Me envolvia
Os sentidos
Naquele instante.

Não sei 
Se segundos
Ou minutos,
Foram o bastante
Pra eu 
Me extravasar
Na insegurança
Das energias 
Perdidas.
Só sei, 
Que foram
Profundos 
Suspiros de dor.
Somente depois
Do retorno à vida
Posso avaliar
Toda a ação 
Divina.
De um Deus,
Que nos quer 
Felizes 
E seguros,
Amparados
Pela sua graça,
De Pai de Amor.

Tudo passei
Pelo vale 
Das sombras.
Dores,
Suspiros, 
Gemidos,
Que tristes 
Momentos!
Insegurança,
Às vezes 
Davam cordas 
As dúvidas.
O amor,
Lá no fundo 
Impulsionava
À fé constante.
Nesta luta
Sem fuzis,
Sem canhões,
Sem trincheiras,
Só havia anjos
Com espadas
Desembainhadas
E afiadas.
Que davam gritos
Estridentes,
A todo instante,
Nesta guerra
Contra o mal,
Que queria
Roubar a vida
Deste cristão 
Triunfante.

Mas tudo passou
Naquele 
Meu quase pesadelo.
Como num acordar
Numa nova manhã, 
Lá estava 
O atleta
Cheio, 
Do riso 
Da vitória.
Ostentando 
Nas mãos
O troféu 
Que ganhou.
Sua vida!!!

As lutas,
Os tombos,
Os azedumes, 
Os amargores...
Hoje esquecidos
Jazem
Nas fendas 
Do tempo,
Como espinhos
Que furaram 
As frontes
De nosso 
Adorado Jesus,
Hoje florescem
Na doce 
Ressurreição
Do Senhor.
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Depois de um desmaio
e três dias internado
num hospital em 21, 22
e 23/06/89 compus esta

poesia (testemunho)

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Eu creio que Deus 
estava lá! Amem?