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Sabendo que a nossa vida é por um tempo, é passageira; quero aqui declarar que umas das melhores e grandes coisas que pude receber e manter sempre viva, sempre acesa é e sempre será a amizade dos meus amigos. Este blogs tem como objetivo levar a todos amigos e amigas que a ele visitarem, sempre, uma palavra, uma ideia e um motivo de encontrarem respostas para suas inspirações, meditações e crescimento na fé.

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domingo, 8 de dezembro de 2013

CARTA A PAPAI NOÉ - CHICO PEDROSA

CARTA A PAPAI NOÉ  - De Chico Pedrosa.

Seu moço / eu fui um garoto / infeliz na minha infança/ vim saber que fui criança / Já pela boca dos outro. / Só brinquei cum gafanhoto / que achava no tabulero / com minhas vacas de osso/ Essas porquêra seu moço / que se arranja sem dinheiro.

Quando eu via um gurizinho / brincano de velocipe / de caminhão, de jipe, / revorve e cornetinha / vinha dentro de mim /um disgosto que dava medo. / Ficava chupano dedo e chorava o resto do dia / só porque eu não pudia pegar naqueles brinquedos.

Mas perguntei certa vez /aos fios de um dotôr / Diga fazendo um favô /quem dá isso pra voceis / Me responderam os trêis / Esse aqui é os presente / que a gente vai dormir / e as vêis a gente nem nota / aí Papai Noé bota / Pra perto do berço da gente.

Fiquei naquilo pensano / E fui / inté o Natá chegá / E na noite do Natá eu fui dormi me lembrano / Acordei e fiquei caçano / por onde havia deitado. / Seu moço eu fui enganado / Pois de presente só tinha / minha borsinha de mijo / que eu mesmo tinha mijado.

Saí com a bichiga preta /caçando os amigos meus/ quando eles mostraram a eu, /caminhão, carreta, bola, revorve, corneta / trem elétrico, inté boneca, máquina de pé / Eu num brinquei / resorvi logo escrevê uma cara a Papai Noé.

Papai Noé, é pecado /os outro te martratá / Mas eu vou lhe reclamar /um tróço que tá errado / Aos fios do deputado /você dá tanto carinho / Mas você é muito ruim / que lá em casa não vai / Por certo num é meu pai / se não se lembra de mim / Já tô certo que você só bajula /somente o povo seu.

E um pobre cumo eu / você vê, fáiz que num vê / Se vê porque que lá em casa num vem? / O rancho que a gente tem é bem pequeno, mas cabe mais um / será que o sinhô num sabe que pobre é gente também? / Você de roupa encarnada, colorida e bonitinha / Nunca reparou que a minha já está toda rasgadinha.

Seja mais meu camarada /para eu num te chamar de ruim / Nesse Natar faça assim / Dê menos aos fios dos rico / de cada um tire um tico / E traga um presente prá mim. / Meu endereço eu vou dá / A casa que eu moro nela / fica naquela favela /que o sinhô nunca foi lá / Mas quando você chegá /que avistar uma paioça coberta de lona grossa / e uma porta de franze com dois buracão bem grande / Pode bater, que é a nossa.


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