INSTANTES DE AMOR
Eu queria saber,
Entre tantos anseios,
Onde foi que erramos,
Nesta caminhada
de buscas e entregas?
Nos fizemos espectros,
Que sinistramente,
Mendigamos aqui e acolá,
Uma côdea de amor
e carinho!
E hoje?
Vivemos estacionados,
Sem motivos para seguir.
Nada fizemos de positivo
No negativismo
do nosso paralelismo,
Que abstratamente
nos destruiu.
Num mero eufemismo,
Deixamos sucumbir
os nossos ideais,
Contemplando na tela
do nosso consciente,
A réstia humana
que somos!
Doces vidas!
São pares que vemos
Caminhando às margens
de nossa estrada.
Uma multidão de pessoas,
Que sem olharem
para o passado,
Colhem as flores
do presente,
Que exalam
perfumes docicados,
Inebriando seus corações
de amantes!
Que sorrindo
para a alegria,
Nada ou coisas
interessam,
Além dos instantes
de amor!
Apagam-se as luzes
de nossa ribalta.
Desfigura-se
o povo da nossa platéia,
Abafam-se
os aplausos e apulpos.
Nos bastidores do palco
que representamos
Nada mais existe.
O cenário,
As luzes,
As cortinas,
São os fantasmas
que povoam
o nosso mundo, hoje:
Triste,
Sem cor,
vazio!
...................
Erleu Fernandes.


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