NEM SEMPRE
Anoitece.
Tudo escurece de repente.
Um silêncio total
invade toda a natureza.
E neste instante
eu me encontro sozinho,
Com o coração
marcado pela tristeza.
Ao longe
pia um pássaro noturno.
Parece anunciar
que alguém está chegando
E surge a lua,
Tão bela e radiante,
Que a terra toda vai clareando!
O seu clarão tão esplendoroso
Clareia tudo ao mesmo instante.
E eu a fito, olhos cheios de lágrimas.
Com saudades
de um amor que está distante.
Parece-me que a lua também chora,
Deve ser como eu,
de saudade.
Pois deve ter dado muito amor
E em troca recebeu só maldade.
Assim, eu sinto que a vida.
Às vezes nos dá tudo errado
Nem sempre
a quem nós amamos
Por eles somos amados!
......................
Poesias de Erleu Fernandes
(em 1966)
(em 1966)


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